O PROBLEMA DA EXISÊNCIA DA FILOSOFIA ESPÍRITA DA EDUCAÇÃO

1. Levantamento do Problema:
- Existirá a Filosofia Espírita da Educação?
- Como seria essa filosofia educacional?
- Seria ela suficientemente fértil em conclusões válidas para a prática pedagógica, ou permanenceria estéril como mero exercício expeculativo?
- Qual o rotteiro para determiná-la?
- Como arrancá-la à sua mudez?
- Qual o ponto ou base de partida?

2. Resolução do Problema:
1º aspecto - Vertente objetiva do problema (demonstração)

1º Processo - A Doutrina Espírita é Filosofia
1º argumento (pelo ensino dos Espíritos) - Os Espíritos Superiores encarrecados da Terceira Revelação indicam o caráter nitidamente filosófico do Espiritismo. Selecionamos alguns deles:
(LE -13,ART. 2); (LE - Proleg, art.06); (LE - Concl. VI art. 1); (LE - Concl., V. art.4); (LE - Concl. V. art. 5); (LM -14, 7º); (LM -18,art. 2).

2º argumento (pela conclusão do Codificador)
Ninguém penetrou tão fundo no corpo da Doutrina Espírita que pudesse desautorizar o Codificador (Allan Kardec) na sua firme convicção da natureza predominantemente filosófica do Espiritismo. Algumas de suas afirmativas:
(OP - P.260); (LM - Intr. art.8); (QE - Preâmb., final); (LE -Intr., art.2)

3º argumento (pela convicção dos estudiosos)

4º argumento (pelo aspecto técnico-filosófico)
Confrontando entre si com algumas definições clássicas de filosofia, encontraremos 3 elementos fundamentais:
1) Universalidade - visão de toda a realidade. Denomina-se de objeto material ('quad" - o quê))
2) As causas mais fundamentais, dos entes. Objetoo formal ("quo" - pelo qual)
3) A razão humana, como instrumento de procura dessas causas. Objeto formal ("sub quo" - sob o qual) - meio que atinge o objetivo.

Conclusões:
1º) A Doutrina atende ao 1º requisito de filosofia, a universalidade de seu objeto material.
2º) A Doutrina atende ao 2º requisito do conceito técnico-formal de Filosofia, ou seja, atinge os seus objetivos materiais pelos aspectos de suas últimas causas.
3º) A Doutrina atende ao 3º requisito para ser uma verdadeira filosofia, técnica e formalmente falando, ou seja, a utilização da luz natural da razão na sua elaboração.

Conclusão Geral da Tese:
Existe a FILOSOFIA ESPÍRITA, que se apresenta com alto grau de originalidade, mais abrangente e profunda do que qualquer outra.

2º Processo
Salto lógico da Filosofia Espírita à correspondente filosofia de Educação (possibilidade teórica)

1º argumento (toda filosofia gera um ética)
Conclusão: A Filosofia Espírita verdadeiramente instaurou um sistema moral - a Ética Espírita - pela originalidade com que absorveu, desenvolveu, completou e explicou a moral de Jesus.

2º argumento (toda ética efetiva-se pela educação)
Conclusão: A Ética Espírita, realmente, aponta para a educação e postula o seu concurso para efetivar-se no terreno prático, isto é, para conformar o comportamento humano aos seus preceitos.
A Ética Espírita é a argamassa que cimenta a Filosofia com a Educação Espírita, articulando-as funcionalmente num enlace perfeito e doutrinário: a Filosofia fornece a Ética para a Educação realizá-la.

3º argumento (a Educação Espírita requer a Filosofia Educacional e Pedagógica correspondente)
Conclusão: A presunção de realidade da Filosofia Espóirita da Educação e correspondente Pedagogia é não só viável como absolutamente certa. Fica assim resolvido o 2º processo.

3º Processo
Composição da Filosofia Espírita da Educação (Exequibilidade Material)

4º Processo
Originalidade da Filosofia Espírita de Educação resltante (Pelo conronto com outras filosofias)

Obs: 3º e 4º Processos do aspecto objetivo do problema da existência da Filosofia Espírita da Educação só podem ser resolvidos no transcurso de todo o respante da obra.

2º aspecto - Vertente Subjetiva do Problema

1º Processo - transformação da dúvida do leitor em esperança moral.

2º Processo - transformação da esperança moral em certeza.